5/26/2021

A pandemia afetou muitas empresas tanto no Brasil quanto no exterior. Algumas reduziram drasticamente a produção e outras, infelizmente, acabaram fechando as portas. Essa mudança impôs ao mercado uma necessidade de reorganização, trazendo uma profunda transformação estrutural para a manufatura e gestão organizacional. Neste cenário estruturante, a inovação e a qualificação serão demandas fortes e trarão grandes oportunidades de empregabilidade e empreendimento. E a área das engenharias será uma das grandes beneficiadas nesse processo.

Diretor do Instituto de Tecnologia e Engenharia (ITE) do UGB-FERP, Gustavo Paiva já enxerga perspectivas para a retomada do crescimento do mercado de trabalho. “A atividade econômica já apresenta indicadores de recuperação. Mesmo que neste primeiro momento este crescimento apresente lentidão, a perspectiva de crescimento é exponencial, dada a grande demanda reprimida ao longo da pandemia. Este aumento da demanda já é visto no aumento das exportações no agronegócio e nas compras via Internet no comércio”, aponta.

Especificamente sobre a área das engenharias, Gustavo salienta que as principais agências de fomento e consultoria de mercado já mostram os principais setores que estarão em alta em 2022: tecnologia, saúde, agronegócio, infraestrutura e logística. “Neste mercado, a área de engenharia tem atuação direta e indireta, com alta perspectiva para a empregabilidade do engenheiro. Além disso, se vislumbra um mercado igualmente promissor para a engenharia empreendedora”, avalia.

         Os setores não voltaram ao normal, mas sim a um novo normal, que trará consigo uma gama de novas oportunidades para as profissões. A avaliação é do coordenador do curso de Engenharia de Produção, professor Anderson de Oliveira Ribeiro. “Os campos da engenharia que se destacam neste novo normal podemos citar a construção civil, gestão de operações, supply chain, gerência de projetos, gestão de pessoas, layout de fábrica, otimização de processos e todas as áreas relacionadas com a indústria 4.0”, elenca.

         Para Anderson, o engenheiro terá papel fundamental neste contexto. “O engenheiro tem por natureza a transformação de insumos em produtos e processos para o bem-estar da sociedade e, assim, em meio às adversidades impostas pela crise, é a engenharia que se desponta propondo soluções rápidas e assertivas, e na pandemia não foi diferente. Engenheiros do mundo todo contribuíram para o ajuste das cadeias de suprimento e, como exemplo, para a produção recorde histórico de vacina. A engenharia será a alavanca que deslocará nossa sociedade para o enfrentamento frutífero deste novo normal”, avalia.