A vez das pessoas nas organizações
Funcionários devem trabalhar felizes, pois felicidade gera propósito para um time. Ter funcionários felizes certamente se reflete em bom desempenho e, claro, maiores ganhos para as empresas. Assim, preocupar-se com o bem-estar dos colaboradores continuará sendo uma das prioridades do RH. Segundo a pesquisa do Global Wellness Institute, 65% das empresas estão aumentando os gastos com saúde mental e bem-estar para seus funcionários. Então, agora, mais do que nunca, é viver com um corpo são em uma mente sã.
De acordo com Marcus Barbosa, coordenador da área de Gestão EAD do UGB-FERP, desde o início da pandemia muita coisa de fato mudou, mas uma das maiores mudanças foi a adaptação de profissionais ao ambiente de home office. Isso, sem dúvidas, foi o maior dos desafios. É difícil as pessoas dividirem no mesmo ambiente o que é casa e o que é trabalho, mesmo ciente de seus afazeres, e mais uma vez o suporte especializado pode fazer a diferença.
“Vale lembrar que muitas organizações já não retornarão ao antigo modelo de estruturas, com escritórios físicos e sedes estabelecidas. Muitas empresas, especialmente no segmento de tecnologia e consultoria, implantaram em definitivo o modelo de trabalho remoto. E isso mudará não só as relações contratuais de trabalho, mas a forma como essa interação ocorrerá entre gestores e colaboradores”, analisa Marcus.
Para ele, um dos maiores desafios das empresas daqui para frente é ter que lidar com os conflitos geracionais, onde os mais experientes encontram a nova mão de obra que chega ao mercado, com visões e valores bem diferentes. Esse conflito de gerações certamente será um dos maiores desafios para gestores de RH.
“Vivemos na era da informação e o outro ponto muito importante versa exatamente sobre a formação contínua do profissional, seja em níveis acadêmicos legalmente reconhecidos, seja pelos programas de qualificação e capacitações internas. E com o empurrão da tecnologia, as organizações vêm investindo cada vez em suas universidades corporativas”, afirma o coordenador, que acrescenta:
“Somos um dos países com maior diversidade cultural e étnica no mundo. E esse espelho social se refletirá ainda mais nas organizações. Outro desafio são as interações para fomentar a diversidade nas organizações, valorizar o profissional portador de deficiência, enxergando além de suas limitações e valorizar seu potencial intelectual”.
Por fim, Marcus chama atenção para o fato de que existem outros tantos desafios para a área, mas é o novo olhar sobre o RH, onde ainda muitos enxergam como uma área meramente operacional, que deve ser melhor explorado para desenvolver potencialidades internas, com o olhar às necessidades estratégicas das organizações.