Inclusão e a Educação Especial

A Educação Especial é uma modalidade de ensino direcionada às pessoas portadoras de alguma necessidade especial. É um dever o seu oferecimento a uma parcela da sociedade que sempre esteve privada ao acesso de uma escola onde pudesse ter garantido seu direito de aprender. Ela faz parte do processo de aprendizagem que se afirma ser inclusivo, pois permite ou deveria permitir o acolhimento, o reconhecimento das diferenças individuais, o que garante o acesso e permanência efetiva no sistema escolar, garantido por lei.

Pedagoga e pós-graduada em Ensino Superior e Orientação Educacional e Vocacional, a professora do UGB-FERP Marilane Confort avalia que o grande desafio, que é também a grande dificuldade, é possibilitar que a inclusão realmente aconteça. “Geralmente, presenciamos a integração do aluno no ambiente escolar e não efetivamente, sua inclusão. A inclusão vai além da integração. O aluno pode estar integrado e não estar incluído. A verdadeira inclusão presume que o aluno aprenda de forma efetiva. Não basta estar na escola, é preciso estar na escola, mas aprendendo”, afirma.

Segundo ela, a metodologia mais adequada é aquela que facilite e, automaticamente, permita a aprendizagem. “Não existe metodologia perfeita. Existem metodologias que levam em consideração o aluno, suas especificidades. Um trabalho sério, voltado para a real inclusão, exigirá o conhecer o aluno a fim de buscar metodologias adequadas a ele. Por isso, a velha pergunta: ‘Como ensinar?’ já não faz mais sentido. A pergunta deve ser ‘como meu aluno aprende’? Se eu consigo respondê-la, imediatamente saberei responder o como ensinar”.

Marilane, por fim, ressalta que a inclusão precisa acontecer em todas as instâncias: educacionais, sociais, raciais, econômicas etc. “É uma realidade. Não existe mais o espaço para a segregação, pelo contrário, a palavra de ordem é respeito, isto é, aceitar as diferenças individuais, ‘fazer parte’, embora diferente do outro. Não é apenas uma questão legalista, mas uma questão humanitária”, finaliza a professora.

 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil