“O retorno do crescimento: os cursos de engenharia e a retomada da economia”
É sabido que as crises agudas evidenciam as contradições, fragilidades e linhas de falha de cada sociedade histórica, bem como de todo sistema político e econômico e é no término dessas crises que o devido mapeamento do cenário abre uma gama de oportunidades. 2022 será marcado pela produtividade e aumentar a eficiência. E o profissional da Engenharia será um agente fundamental para a readequação do mercado brasileiro, reduzindo a ineficiência e o desperdício. Já vislumbrando esse cenário, o UGB-FERP tem investido em iniciativas como a criação do Núcleo de Estudos em Economia Circular e em inovação para estar em compasso com o futuro.
Diretor do Instituto de Tecnologia e Engenharia (ITE), Gustavo de Paiva Silva analisa que a crise econômica que assolou o país e trouxe instabilidade, agora neste panorama se aquece e impulsiona as áreas da construção civil, engenharia civil e elétrica. “A pandemia também aqueceu o mercado metal mecânico e, por consequência, alavancou a engenharia mecânica. A engenharia de produção está em alta, pois estamos no momento de ganho de eficiência e aumento da qualidade”, ressalta.
Para ele, a região Sul Fluminense tem uma forte relação com a cadeia metal mecânica e automobilística e assim apresenta grandes oportunidades para as engenharias mecânica, elétrica e produção. “A engenharia civil está aquecida em todo Brasil, em particular nos centros urbanos e na região Norte-Nordeste. Os engenheiros civis encontram boas oportunidades de emprego em companhias do setor de telecomunicações e construção civil”, assegura.
Levantamento feito por uma grande consultoria de recrutamento e seleção mostra que das profissões que mais se destacaram em 2021, a engenharia é a segunda mais importante. Isso indica que estes profissionais serão exigidos ao máximo na reconstrução da economia e mercado. E por isso uma formação forte, com foco na inovação e nos novos meios de produção, é fundamental.
“Todas as profissões sofreram com o impacto da revolução digital e a engenharia, em particular, se apropriará destas revoluções para o desenvolvimento de novos produtos e negócios. Habilidades como comunicação, mentalidade digital, gestão, resolução de problemas, trabalho em equipe, pensamento crítico e aprendizagem ativa se tornarão diferenciais na contratação”, ressalta Gustavo.
Foto: José Paulo Lacerda/CNI/Agência Brasil